
Para dar o pontapé inicial nesse blog, eu quero apresentar em uma sequência de posts nesse post a minha experiência ao desenvolver o KuroiOS, discutindo os desafios enfrentados, como os encarei e tudo que aprendi no processo.
Como surgiu a ideia?
Apresentar um portfólio com minhas habilidades e trabalhos realizados é essencial hoje em dia. Há muitos anos eu construí e publiquei um portfólio simples feito em WordPress com alguns prints de trabalhos feitos, que eventualmente foi perdido por abandono (usava uma hospedagem e domínio gratuitos, e não fiz backup :cry:). De qualquer forma, a ideia de um portfólio tão simples já não me agradava muito e fiquei vários anos sem disponibilizar um novo.
Depois de vários anos trabalhando na área, em um momento de reflexão sobre a minha carreira eu percebi que só um portfólio simples não bastava. A web hoje traz um leque infinito de possibilidades de interação, e era esse tipo de coisa que fazia meus olhos brilharem. Vi tantas criações incríveis e imersivas por aí, e queria algo assim também pra me representar. A minha intenção era não só apresentar trabalhos que fiz para terceiros, mas trazer algo que representasse a minha essência, as coisas que realmente amo e sei construir. Não era pra ser um currículo online, e sim um cantinho verdadeiramente meu na internet.
A ideia começou a criar forma quando fui apresentada ao site poolsuite.net (Poolside.fm na época) através de um colega de trabalho (valeu, Fernando!). Esse site virou um dos meus lugares favoritos na internet, trazendo nostalgia, música boa e, principalmente, a simulação de um sistema operacional simples dentro de uma página web, e que eu achei a coisa mais criativa do mundo.

Então eu pensei: e se eu também pudesse simular um sistema operacional pra mostrar as minhas criações?
As possibilidades eram infinitas, eu poderia mostrar o que eu quisesse em uma experiência interessante e diferenciada.
Foi aí que o KuroiOS começou a ser concebido!
Por que Svelte?
Aquele mesmo colega me apresentou ao Sveltecomo uma forma nova de solucionarmos alguns problemas na empresa em que eu trabalhava na época. E foi amor a primeira vista! Svelte é um “framework” Javascript extremamente simples de entender e começar a usar. Tenho mais experiência com Angular e mexi um pouco com Vue, e me parece que o Svelte uniu o melhor de todos os mundos. Achei excelente para ser usado em projetos de pequeno a médio porte. Nem precisei pensar muito pra escolher utilizá-lo no meu projeto, já seria uma ótima forma de me acostumar com o uso dele e aprender mais, vendo que ele tem ganhado bastante atenção nos últimos anos e quem sabe comece a ser usado em uma escala maior no mercado.
Iniciando a construção
Decidir o layout e design foi uma tarefa um tanto demorada. Inicialmente eu queria algo bem retrô, como o estilo do Windows98 que, pra mim, ainda tem um charme, mas não achei que representasse tanto o meu estilo. Ainda na pegada retrô, pensei em criar algo mais puxado para o lado pixel art, mas encontrei algumas limitações na exibição em tela pro estilo que eu queria alcançar, então risquei a ideia também.
Mais pra frente, vi alguns designs arredondados e com sombra sólida (estilo que hoje ficou bem em alta), e achei que funcionaria bem com um tema sólido de cores. Assim, encontrei o equilíbrio que queria: uma sensação de estilo retrô, mas ao mesmo tempo moderno e simpático.

Inicialmente, a estrutura base seria bem similar ao Windows, com a barra de tarefas na parte de baixo, um menu Iniciar, ícones na área de trabalho… Mas não encaixou muito com as demandas que eu tinha em mente a respeito do conteúdo. Não teria coisa suficiente pra colocar em um menu Iniciar, e achei que uma barra de tarefas iria adicionar muita complexidade no início do projeto. Então, com um pouco de pesquisa, encontrei o Linux Ubuntu que conta com uma barra superior com data, hora e alguns botões de ação. Simples, elegante e atendeu o que eu precisava.
Estava definida a estrutura e design que utilizei até o final do projeto.